A Apple avançou mais um passo em sua procura por um dispositivo.
O gigante da tecnologia anunciou na quarta-feira que os proprietários do iPhone no Arizona já podem incluir suas carteiras de identidade ou carteiras de motorista do governo em suas carteiras Apple para usar cópias digitais, em vez de físicas, com funcionários da TSA no Aeroporto Internacional Phoenix Sky Harbor. O Arizona é o primeiro estado a oferecer essa opção, que a Apple afirmou que será disponibilizada em outros estados em breve, trazendo consigo preocupações sobre privacidade.
“Estamos entusiasmados em introduzir a primeira carteira de motorista e documento de identificação do estado na Wallet para o Arizona hoje, proporcionando aos residentes locais uma maneira simples, segura e privada de apresentar sua identificação ao viajar, com apenas um toque de seus dispositivos iPhone ou Apple Watch”, declarou Jennifer Bailey, vice-presidente da Apple Pay e Apple Wallet, conforme mencionado no comunicado de imprensa. Ela expressou também a expectativa de colaborar com mais estados e a TSA para disponibilizar IDs na Wallet para usuários em todo o território dos EUA.
A seguir, de acordo com a Apple, os estados e territórios que se destacam são Colorado, Havaí, Mississippi, Ohio, Porto Rico, Connecticut, Geórgia, Iowa, Kentucky, Maryland, Oklahoma e Utah.
Alexis Hancock, diretor de engenharia da Electronic Frontier Foundation, manifestou preocupações em relação aos projetos da Apple.
“Minha maior preocupação em relação à privacidade é o fato de que a abordagem ‘digital first’ pode desconsiderar a possibilidade de as pessoas não quererem associar sua identidade aos dispositivos no futuro próximo”, disse ela em um e-mail. Ela reconheceu que a conveniência é um benefício, mas expressou receio de que a tecnologia possa ser utilizada de forma abusiva por agências como a TSA ou outras entidades policiais.
De forma destacada, a Apple anunciou originalmente em junho de 2021 seus planos de permitir que os usuários de iPhone armazenassem seus IDs no aplicativo iOS Wallet. Em setembro do mesmo ano, a empresa indicou que os IDs dos estados do Arizona e Geórgia seriam os primeiros a serem aceitos pelo aplicativo Wallet. O comunicado de quarta-feira confirma que o esforço corporativo para substituir IDs físicos está progredindo e que o TSA realmente aceitará o ID da Apple Wallet (pelo menos no Arizona).
A Apple enfrentou desafios ao garantir que tinha considerado minuciosamente todas as questões de privacidade relacionadas à transformação de seu telefone em uma forma de ID, mesmo sendo o dispositivo que armazena informações sensíveis como detalhes bancários, e-mails pessoais, fotos, dados de saúde, localização física e histórico de navegação na internet.
Por exemplo, a Apple assegurou aos usuários que não desejam entregar seu telefone desbloqueado para funcionários que não será necessário fazer transferência de dados.
No iPhone ou Apple Watch, os usuários podem ver quais dados o TSA solicita e concordar em fornecê-los usando a Face ID ou Touch ID, sem precisar desbloquear o iPhone ou mostrar o cartão de identificação. Todas as informações são compartilhadas de forma digital, evitando a necessidade de mostrar ou entregar o dispositivo para apresentar o ID.
Isso pressupõe que cada funcionário que solicita ver a identificação de alguém está agindo de forma honesta, porém, mesmo que estejam, compartilhar o conteúdo do celular com esse funcionário é uma ideia perigosa.
“A Apple introduziu uma opção que elimina a necessidade de desbloquear o telefone, o que é um recurso importante para proteger a privacidade”, observou Hancock. No entanto, ela destacou possíveis cenários preocupantes, como a obrigatoriedade de desbloquear o telefone, ter o dispositivo confiscado ou ser pressionado a tocar no aparelho para confirmar a identidade, identificando essas como possíveis vulnerabilidades futuras.
Se as situações que requerem a inserção do ID do governo no aplicativo Apple Wallet se tornarem mais frequentes, os usuários do iPhone que tentarem explicar a um policial que não é necessário entregar seus smartphones devido ao processo seguro e remoto de compartilhamento de credenciais desenvolvido pela Apple podem se sentir em uma situação complicada.
E a execução da legislação possui a capacidade de obter acesso ao conteúdo de diversos iPhones bloqueados.
“Hancock expressou o desejo de que as pessoas tenham boas experiências, porém ressaltou a importância de considerar os diversos fatores presentes na era digital em que vivemos a cada decisão tomada.”
A Apple está solicitando aos usuários que confiem que ela realizou todos os procedimentos necessários.
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